sábado, 29 de janeiro de 2011

Esperança


Tantas, tantas, tantas saudades que me sinto a sufocar.
Mas tenho que confiar no tempo, na amabilidade e na gentileza do tempo, pois não há nada a fazer contra o que está feito, pois fiz o que achei correcto fazer.
Mas tenho tantas saudades, tantas, tantas saudades… e à noite é sempre pior, especialmente quando acordo de madrugada.
Nessa altura, o sufoco transforma-se em desamparo e vertigem e comporto-me como uma criança, penso como uma criança, falo como uma criança, sinto como uma criança, soluço como uma criança.

Mas o que tem que ser tem que ser, e terei a força de o honrar.
Devo proteger-me e dignificar-me antes de mais nada.

Hoje, ao contrário dos outros dias, porque estamos ainda longe da noite e da madrugada, sinto-me já como uma criança pequena, tonta e infantil.
Sinto-me como a criança que insistentemente espreita pela janela, à espera que uma sombra se desenhe ao fundo do caminho, embora saiba lá bem dentro do coração, que ninguém jamais chegará.

Ora eu tento libertar-me da esperança e não abraçá-la, eu tento transformar a força de me querer convencer, na naturalidade de saber que, embora gostasse que assim não fosse, “o meu coração não retornará a casa”.

A esperança não nos presta sempre o melhor serviço…

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Doce Mentira


Acredito que podemos ver a mentira, basicamente, sob duas ópticas:
a boa-mentira e a mentira.
A boa-mentira é aquela que é usada em benefício do próximo, e pode até se confundir com hipocrisia, mas ainda não é.
Ela é quase que necessária, e pelo benefício que traz e por sua necessidade, é boa.
Quando vamos visitar um amigo que está no hospital, doente, de baixa auto-estima, doido para sair dali?
Então, carinhosamente, e com um sorriso no rosto, dizemos: "Nossa! Como melhoraste! Estás com outra cara!".
Quando isso não é verdade, imediatamente o nosso amigo doente dá uma aprumada, começa a sentir-se assim mesmo, aos poucos, mas começa.
E assim, praticamos nossa boa acção do dia com a nossa boa-mentira.
Já a mentira que não é boa, e para ela não tenho prefixos nem sufixos, é mentira pura mesmo, é perniciosa, daninha, e geralmente egoísta.
Aparece quando estamos inseguros, com medo.
Quando queremos evitar conflitos, quando não queremos por a nossa cara a “chapada”, quando varrer o pó para debaixo do tapete é a melhor saída nesse momento…
Mas... mas um dia alguém irá levantar o tapete, pode ser a própria vida a fazer isso, e todo o pó será espalhado com o vento.
O que nos motiva a fazer isso?
O que posso dizer é que essa mentira tem sua engrenagem azeitada pela má-fé.
E seus resultados não são bons, seja a curto, médio ou longo prazo.
Eu mesmo já sofri na carne o efeito da poeira que empurrei para debaixo do meu tapete, e até hoje ainda tenho tirar o pó da minha roupa.
Só que hoje faço isso com um pouco mais de auto-compreensão e tentativa de auto-perdão.
Mas e quanto aos outros?
Sim, como lidar com a mentira alheia quando ela te vê como alvo?
Não, não é fácil.
Saber ser mentira o que nos dizem, e não poder (ou não querer, por puro respeito) agir, é quase que angustiante, a meu ver, nada virtuoso.

Poderíamos escolher, e geralmente PODEMOS, o pior é sustentar essa escolha.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um beijo doce...



Dias há em que nada corre bem...
Logo ao acordar, tudo parece cinzento, sem graça.
Sabemos logo aí que não vamos encontrar um sorriso e que o sol, se brilhar, não será para nós.
É nesses dias, que são alguns, que eu perco a vontade de seguir caminho.
Sem disposição para enfrentar caras fechadas, gente mal disposta e um dia que nada promete, prefiro ficar na minha cama e curtir uma solidão cheia de silêncios...
Mas, lá tenho eu de ganhar coragem e ir buscar forças não sei bem onde para mais uma vez tentar viver, da melhor maneira possível, cada segundo... por mais chato que seja!!!
Então com o tempo, aprendi que o melhor remédio não é ignorar as nuvens, mas sim fazer parte delas.
Só assim de cinzentas, passam a ser brancas, feitas de algodão...
Nem sempre é fácil, mas tenho a sorte de olhar em volta e encontrar sempre um sorriso que me ajuda.

Mas, como nada é sempre igual, há dias que nascem alegres, bonitos, pintando com uma alvorada de mil cores o meu pensamento.
Então tudo ganha magia e as emoções cantam em coro com os pássaros que anunciam a primavera...
O dia amanhece como uma melodia e logo ao abrir os olhos o pensamento é tocado por um raio de sol.
Dá vontade de soltar a voz e dizer ao vento que o dia esta bonito e que eu vou aproveitar para ser feliz.
São dias em que nada pode correr mal e se isso acontecer, resolve-se os problemas com um sorriso nos lábios...

Por isso, a "ti" que logo de manhã lembraste o dia especial que é hoje, para mim ...
A ti que me acompanhas de longe, mas de muito perto...
Para ti...

0 meu beijo doce...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

PERSONA NON GRATA


Visitar um país estrangeiro é o equivalente a visitar a casa de alguém. Não devemos criticar aquilo que lá encontramos. Nem gozar. Nem cuspir. É suposto portarmo-nos com educação, até porque as pessoas que lá vivem apercebem-se de que somos de fora e é inevitável que depois pensem que os habitantes do nosso país são todos como nós. Não se cospe em monumentos, meu anjo! Ah que coisa tão feia... Então isso faz-se?! Quando esse monumento foi feito, ainda nem sequer existias. Tremenda falta de respeito!Os portugueses são burros? Tu é que revelaste uma enorme falta de inteligência por gozares com a placa do número 3 invertido, sem sequer pensares que aquilo poderia significar alguma coisa. (EM SINTRA, uma cidade mistica, esta classificada como património da humanidade) O número 3 invertido passa a ser um "E", e é chamado de "poder do 3". Esta letra representa o olho (de Hórus). Simboliza Marte. Representa talento. Representa guerra. Representa também a Estrela de David.O 3 invertido é ligado ao aliviar de stress e ansiedade.Uma técnica de oratória para controlo dos ouvintes muito usada pela Maçonaria é usar este poder do 3 invertido ou olho, dividindo a oratória em 3 tópicos, pois o cérebro de quem ouve assimila melhor do que se for em 2 ou 4.Aquela placa de 3 invertido poderá unicamente representar uma moradia Judaica, uma forma de dizê-lo ao mundo sem que a maioria das pessoas entendam.

Quanto ao resto é tão ridiculo, é tanta a falta de cultura que nem vale a pena comentar.

SALAZAR? 20 anos? Mais de 30! Estilo manuelino? (que ela compara com as piadinhas brasileiras do Sr. manuel?) Não sei como é possivel tanta ignorancia numa só pessoa, e o mais engraçado que que no dito programa todas se riam muito, sem fazerem a minima ideia da realidade.

Porque Será que não utiliza o apelido do pai? GALLO! É desonroso que use um apelido português. Porque não subterfugia ela a sua descendência Portuguesa?? Proença, Etimologicamente significa Em Português Medieval: Província. Realmente saiu-se bem pior que uma “provinciana” – que na sua conotação mais depreciativa é o mesmo que dizer no Brasil “brega”. Foi mais do que isso! Foi mesmo desprezível

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Caminho...



Por vezes desejo ir mais longe...

passar para além dos limites impostos a nós mesmos.

Mas chegamos a determidados momentos que inconscientemente avaliamos bem quais serão os nossos reais limites.

Mais um passo, mais uma lufada de ar, mais um momento de coragem,

E quando já nos encontramos praticamente no topo, então ai, não restam quaisquer duvidas...

Ou tudo ou nada.

Falta um derradeiro passo, aquele passo que vai fazer a diferênça.

Recapitulamos todo o percurso e avaliamos as consequências.

Será que vale realmente a pena executar esse passo?

Será que depois de o executarmos, não iremos querer voltar a trás?

É um momento dificil...

É um momento critico...

Jámais será como dantes.

Já decidi, vou arriscar!

Sinto que só depois de passar a fronteira do desconhecido, do incógnito, poderei fazer um juizo adequado da realidade que nos desafia todos os dias.

Ver para crer!

Sinto-me optimista!

A vida é mesmo assim...


Eu! LOBA!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Solidão Amiga



A solidão é uma palavra que “acompanha” cada vez mais pessoas, sejam “intas”, “entas”, ou até adolescentes e teenagers. Todos querem companhia, seja de amigos, amigas, namorados/as, ou até um animal de estimação. Por mais que diga que consegue estar sozinho, o ser humano não o pode fazer para toda a vida, poderá aprender a lidar com esta estranha companhia, mas acaba sempre por arranjar um ou outro estratagema para arranjar alguém que esteja ao seu lado, nem que seja só por um bocadinho, com quem possa conversar.
Hoje em dia é cada vez mais difícil chegar de mãos dadas com alguém até ao final da vida, as pessoas raramente se apaixonam para toda a vida. É mais fácil o casa e separa, o tentar tudo de novo outra vez, porque se espera encontrar sempre o prícipe encantado, ou a princesa. Por outro lado a vida profissional stressante para alguns não lhes deixa tempo para paixões e namoricos, a profissão, a carreira é mais importante que tudo, e isso basta-lhes, preenche-lhes a vida e não há lugar para mais nada, por vezes a vida troca-nos as voltas e ficam desempregados e de repente olham em seu redor e estão sozinhos.
A solidão é uma doença feia, crónica para alguns, e, fatal para outros.

As pessoas sentem-se tristes, não têm com quem falar, desabafar, chorar num ombro amigo, caminham sozinhas e algumas nem têm coragem para entrar em certos sítios porque é preciso um par para se dançar, para ir ao cinema, ou até para ir às compras. É claro que as pessoas se adaptam a esse estilo de vida, acham que estão bem assim, e algumas acabam por dar a volta à coisa e é aí que encontram os seus pares, alguns desesperadamente mal escolhidos.

É aí que entra a nossa amiga internet. Eu conheço alguns casos que correram bem, outros mal, e alguns é melhor nem falar....
A internet tornou-se a companheira ideal de muita gente, principalmente dos que se sentem sós, encontram nos chats os amigos que acham verdadeiros, contam-lhes tudo e choram no seu ombro virtual, é certo que alguns são boas pessoas, que não fantasiam o seu eu, não se transformam em belas, mas outros são verdadeiros monstros à espera das suas vitimas. O seu falar é perfeito, sabem cativar, e inspiram confiança, mas no final tudo tem o seu propósito, e acabam por conquistar aqueles que inocentemente acreditam que toda a gente é boa, mas não é. É incrível como as pessoas se dão a conhecer a um desconhecido, que acaba por saber tudo e é só escolher o momento mais frágil para delinear o seu plano e atacar a sua presa.

As pessoas estão sozinhas e não querem saber, acham que encontraram o tal, o amigo perfeito, o amor ideal, e entregam-se à aventura, por vezes corre bem e outras corre mal.

Dirão alguns, que isso tanto pode acontecer com alguém que se conhece virtualmente, como com quem se conhece num bar/discoteca/café, ou até num local de trabalho.

E não é que é verdade!!!

Ah pois é, as pessoas têm as suas máscaras e nem sempre caem perto de quem se conhece, "por vezes até as pessoas que já julgávamos conhecer à muito tempo, são essas que nos surpreendem, que nos ferem de morte, que nos magoam, que modificam pra sempre nossa pureza e a nossa confiança, que praticam loucuras nos recônditos escondidos das suas vidas. "


Não, não conhecemos toda a gente tão bem quanto julgamos, apenas nos enganamos e achamos que todos são aquilo que pensamos deles.